
Invasão a Gaza resulta na morte de 40 palestinos e 1 soldado israelense
Das agências internacionais *Em Gaza e Jerusalém
Ao menos 40 palestinos morreram e 400 ficaram feridos desde que Israel iniciou a invasão a Gaza na noite de sábado (3 de janeiro), segundo médicos ouvidos pela agência de notícias Efe.
CONFLITO EM GAZA: 9º DIA
Soldados israelenses participam de invasão à faixa de Gaza
Menina palestina chora em funeral de parente morto em ataque aéreo israelens
Jornalista da BBC conta comopassou noite sob ataque em Gaza
União Européia envia missão ediz que vai lutar por cessar-fogo
Ataques impedem Egito deenviar ajuda humanitária a Desde que a ofensiva israelense começou, no dia 27 dezembro, mais de 480 palestinos foram mortos e 2.500 ficaram feridos, segundo Moaweya Hasanein, chefe dos serviços de emergêcia do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza. Ainda segundo Hasanein, 22 dos 40 palestinos mortos na invasão a Gaza eram civis.Entre os mortos deste domingo estão uma mãe palestina e seus quatro filhos, atingidos em bombardeio israelense.Na manhã deste domingo, forças israelense abriram fogo contra uma zona comercial na Cidade de Gaza, provocando um número ainda não determinado de mortos e feridos.Testemunhas dizem que o Exército israelense estacionou mais de 80 veículos blindados, como tanques, no antigo assentamento judaico de Mitzarin, cerca de três quilômetros ao sul da Cidade de Gaza.Segundo a rede de TV qatariana Al Jazeera, o Hamas divulgou ter matado cinco soldados israelenses e ferido outros 20 nos combates de hoje em Gaza. Até agora, o Exército de Israel confirmou, por meio de um porta-voz, a morte de um soldado.Essa é a primeira morte israelense anunciada pelo serviço militar desde o início da operação por terra contra o Hamas na Faixa de Gaza, no sábado à noite. Outros 32 israelenses ficaram feridos durante a ofensiva por terra, segundo IsraelO presidente de Israel, Shimon Peres, voltou neste domingo a rejeitar uma interrupção nos ataques a Gaza. "Nós não temos nenhuma intenção de voltar a ocupar a faixa de Gaza", disse Peres ao programa "This Week", da ABC News. "Queremos acabar com o terrorismo. E o Hamas precisa de uma lição real e séria. E agora eles estão tendo essa lição."Cidade de GazaAs ruas da Cidade de Gaza estão desertas, com dezenas de edifícios destruídos pelos bombardeios, entre eles a sede do Parlamento do Hamas.As ambulâncias tiveram dificuldades para chegar às vítimas à medida que a luta se intensificava no território superadensado onde vivem 1,5 milhão de pessoas.A invasão por terra prevista há tempos da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, teve início depois de uma semana de bombardeios israelenses, que não conseguiram impedir os militantes do grupo de lançar foguetes contra o sul de Israel, a provocação que Israel declara como motivo da invasão.
República Tcheca admite "grave erro" de porta-voz sobre conflitos em Gaza
O ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, admitiu neste domingo em Praga o "grave erro" cometido por um porta-voz da presidência tcheca da União Européia (UE).Jiri Frantisek Potuznik, porta-voz do primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, para a presidência da UE, afirmara no sábado que "trata-se do cruzamento da fronteira de Gaza. Não há violência, nem vítimas. Estamos aguardando informações suplementares, e esperamos mais detalhes".
LEIA MAISCerca de 25 foguetes foram disparados contra Israel neste domingo, dos quais um atingiu uma casa na cidade de Sderot e feriu uma mulher, disse o Exército israelense.Mais de 500 palestinos foram mortos em nove dias da "Operação Chumbo Fundido", como é chamada por Israel. Desde o início dos combates, quatro israelenses foram mortos pelos disparos de foguetes do Hamas. Autoridades do Estado judaico dizem que a ofensiva pode durar vários dias.Apelos por um cessar-fogo por parte dos Estados Unidos, firme aliado de Israel, de outros governos e das Nações Unidas fracassaram por causa de desavenças sobre seus termos.Território cortado pela metadeTanques e tropas israelenses praticamente cortaram o território de Gaza em dois durante a noite de invasão, e neste domingo de manhã estavam rodeando a própria cidade de Gaza, disseram testemunhas palestinas.Disparos de Israel mataram 32 palestinos --cinco deles soldados-- na principal área comercial da cidade de Gaza, segundo testemunhas e funcionários de hospitais.Soldados israelenses e combatentes do Hamas estavam entrincheirados em batalhas no leste do bairro de Zeitoun, o forte reduto do grupo na cidade, disseram testemunhas."Eles vieram para onde queríamos e vão logo receber seus presentes", afirmou um membro do Hamas perto dos limites da área dos confrontos.O Hamas disse ter capturado dois soldados israelenses, fato que iria pôr em evidência o risco político para Israel por ter enviado tropas para Gaza. O Exército israelense afirmou não ter conhecimento da captura de nenhum de seus soldados.A aviação israelense atingiu dezenas de alvos, incluindo túneis usados para contrabando de armas, depósitos de armamento e esquadrões de lançamento de granadas de morteiro."Durante as trocas de tiros pela noite, dezenas de militantes armados do Hamas foram atingidos", disse um comunicado militar de Israel.O forte aumento do número de vítimas civis provavelmente vai levar a maior pressão internacional sobre Israel para que encerre sua maior operação na Faixa de Gaza em quatro décadas.Mas os combates também trazem riscos políticos significativos para os líderes israelenses antes da eleição nacional, marcada para 10 de fevereiro, especialmente se suas forças sofrerem pesadas baixas nos confrontos de rua.O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que a meta da ofensiva terrestre é proteger o sul israelense dos ataques de foguetes do Hamas. Em um pronunciamento na TV, ele evitou fazer qualquer ameaça de tentativa de desalojar o Hamas do governo."Não será fácil. Não será rápido", disse Barak, líder do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, e candidato a primeiro-ministro na eleição.Um porta-voz das Brigadas Izz el-Deen al-Qassam, o braço armado do Hamas, disse que os soldados israelenses correm o riso de morte ou captura."O inimigo sionista tem de saber que sua batalha em Gaza é uma batalha perdida", disse o porta-voz Abu Ubaida.ONU encerra reunião sem declaraçãoO Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu sua reunião do sábado sem conseguir qualquer acordo sobre os termos de uma declaração pedindo o cessar-fogo na Faixa de Gaza, informou um diplomata em nome do organismo neste domingo.Após quatro horas de debates a portas fechadas, o embaixador francês, Jean-Maurice Ripert, que este mês preside o Conselho, disse que os membros do organismo não foram capazes de entrar em consenso sobre os termos de uma declaração pedindo o cessar-fogo imediato em Gaza, horas depois do início da operação terrestre do exército israelense. "Não houve acordo formal entre os países membros, mas notamos que houve bastante concordância quanto à preocupação sobre a escalada da violência e a deterioração da situação, além de um forte consenso quanto a um cessar-fogo imediato, duradouro e respeitado" pelas partes, afirmou Ripert após o término da reunião.Foi a terceira reunião do Conselho de Segurança da ONU desde o início do conflito em Gaza, na semana passada.O presidente geral da Assembléia da ONU, o nicaraguense Miguel D'Escoto, classificou a incursão israelense como "uma monstruosidade". "E, mais uma vez, o mundo assiste consternado à disfuncionalidade do Conselho de Segurança", acrescentou D'Escoto. * Com as agências APF, Efe e Reuters
Das agências internacionais *Em Gaza e Jerusalém
Ao menos 40 palestinos morreram e 400 ficaram feridos desde que Israel iniciou a invasão a Gaza na noite de sábado (3 de janeiro), segundo médicos ouvidos pela agência de notícias Efe.
CONFLITO EM GAZA: 9º DIA
Soldados israelenses participam de invasão à faixa de Gaza
Menina palestina chora em funeral de parente morto em ataque aéreo israelens
Jornalista da BBC conta comopassou noite sob ataque em Gaza
União Européia envia missão ediz que vai lutar por cessar-fogo
Ataques impedem Egito deenviar ajuda humanitária a Desde que a ofensiva israelense começou, no dia 27 dezembro, mais de 480 palestinos foram mortos e 2.500 ficaram feridos, segundo Moaweya Hasanein, chefe dos serviços de emergêcia do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza. Ainda segundo Hasanein, 22 dos 40 palestinos mortos na invasão a Gaza eram civis.Entre os mortos deste domingo estão uma mãe palestina e seus quatro filhos, atingidos em bombardeio israelense.Na manhã deste domingo, forças israelense abriram fogo contra uma zona comercial na Cidade de Gaza, provocando um número ainda não determinado de mortos e feridos.Testemunhas dizem que o Exército israelense estacionou mais de 80 veículos blindados, como tanques, no antigo assentamento judaico de Mitzarin, cerca de três quilômetros ao sul da Cidade de Gaza.Segundo a rede de TV qatariana Al Jazeera, o Hamas divulgou ter matado cinco soldados israelenses e ferido outros 20 nos combates de hoje em Gaza. Até agora, o Exército de Israel confirmou, por meio de um porta-voz, a morte de um soldado.Essa é a primeira morte israelense anunciada pelo serviço militar desde o início da operação por terra contra o Hamas na Faixa de Gaza, no sábado à noite. Outros 32 israelenses ficaram feridos durante a ofensiva por terra, segundo IsraelO presidente de Israel, Shimon Peres, voltou neste domingo a rejeitar uma interrupção nos ataques a Gaza. "Nós não temos nenhuma intenção de voltar a ocupar a faixa de Gaza", disse Peres ao programa "This Week", da ABC News. "Queremos acabar com o terrorismo. E o Hamas precisa de uma lição real e séria. E agora eles estão tendo essa lição."Cidade de GazaAs ruas da Cidade de Gaza estão desertas, com dezenas de edifícios destruídos pelos bombardeios, entre eles a sede do Parlamento do Hamas.As ambulâncias tiveram dificuldades para chegar às vítimas à medida que a luta se intensificava no território superadensado onde vivem 1,5 milhão de pessoas.A invasão por terra prevista há tempos da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, teve início depois de uma semana de bombardeios israelenses, que não conseguiram impedir os militantes do grupo de lançar foguetes contra o sul de Israel, a provocação que Israel declara como motivo da invasão.
República Tcheca admite "grave erro" de porta-voz sobre conflitos em Gaza
O ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, admitiu neste domingo em Praga o "grave erro" cometido por um porta-voz da presidência tcheca da União Européia (UE).Jiri Frantisek Potuznik, porta-voz do primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, para a presidência da UE, afirmara no sábado que "trata-se do cruzamento da fronteira de Gaza. Não há violência, nem vítimas. Estamos aguardando informações suplementares, e esperamos mais detalhes".
LEIA MAISCerca de 25 foguetes foram disparados contra Israel neste domingo, dos quais um atingiu uma casa na cidade de Sderot e feriu uma mulher, disse o Exército israelense.Mais de 500 palestinos foram mortos em nove dias da "Operação Chumbo Fundido", como é chamada por Israel. Desde o início dos combates, quatro israelenses foram mortos pelos disparos de foguetes do Hamas. Autoridades do Estado judaico dizem que a ofensiva pode durar vários dias.Apelos por um cessar-fogo por parte dos Estados Unidos, firme aliado de Israel, de outros governos e das Nações Unidas fracassaram por causa de desavenças sobre seus termos.Território cortado pela metadeTanques e tropas israelenses praticamente cortaram o território de Gaza em dois durante a noite de invasão, e neste domingo de manhã estavam rodeando a própria cidade de Gaza, disseram testemunhas palestinas.Disparos de Israel mataram 32 palestinos --cinco deles soldados-- na principal área comercial da cidade de Gaza, segundo testemunhas e funcionários de hospitais.Soldados israelenses e combatentes do Hamas estavam entrincheirados em batalhas no leste do bairro de Zeitoun, o forte reduto do grupo na cidade, disseram testemunhas."Eles vieram para onde queríamos e vão logo receber seus presentes", afirmou um membro do Hamas perto dos limites da área dos confrontos.O Hamas disse ter capturado dois soldados israelenses, fato que iria pôr em evidência o risco político para Israel por ter enviado tropas para Gaza. O Exército israelense afirmou não ter conhecimento da captura de nenhum de seus soldados.A aviação israelense atingiu dezenas de alvos, incluindo túneis usados para contrabando de armas, depósitos de armamento e esquadrões de lançamento de granadas de morteiro."Durante as trocas de tiros pela noite, dezenas de militantes armados do Hamas foram atingidos", disse um comunicado militar de Israel.O forte aumento do número de vítimas civis provavelmente vai levar a maior pressão internacional sobre Israel para que encerre sua maior operação na Faixa de Gaza em quatro décadas.Mas os combates também trazem riscos políticos significativos para os líderes israelenses antes da eleição nacional, marcada para 10 de fevereiro, especialmente se suas forças sofrerem pesadas baixas nos confrontos de rua.O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que a meta da ofensiva terrestre é proteger o sul israelense dos ataques de foguetes do Hamas. Em um pronunciamento na TV, ele evitou fazer qualquer ameaça de tentativa de desalojar o Hamas do governo."Não será fácil. Não será rápido", disse Barak, líder do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, e candidato a primeiro-ministro na eleição.Um porta-voz das Brigadas Izz el-Deen al-Qassam, o braço armado do Hamas, disse que os soldados israelenses correm o riso de morte ou captura."O inimigo sionista tem de saber que sua batalha em Gaza é uma batalha perdida", disse o porta-voz Abu Ubaida.ONU encerra reunião sem declaraçãoO Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu sua reunião do sábado sem conseguir qualquer acordo sobre os termos de uma declaração pedindo o cessar-fogo na Faixa de Gaza, informou um diplomata em nome do organismo neste domingo.Após quatro horas de debates a portas fechadas, o embaixador francês, Jean-Maurice Ripert, que este mês preside o Conselho, disse que os membros do organismo não foram capazes de entrar em consenso sobre os termos de uma declaração pedindo o cessar-fogo imediato em Gaza, horas depois do início da operação terrestre do exército israelense. "Não houve acordo formal entre os países membros, mas notamos que houve bastante concordância quanto à preocupação sobre a escalada da violência e a deterioração da situação, além de um forte consenso quanto a um cessar-fogo imediato, duradouro e respeitado" pelas partes, afirmou Ripert após o término da reunião.Foi a terceira reunião do Conselho de Segurança da ONU desde o início do conflito em Gaza, na semana passada.O presidente geral da Assembléia da ONU, o nicaraguense Miguel D'Escoto, classificou a incursão israelense como "uma monstruosidade". "E, mais uma vez, o mundo assiste consternado à disfuncionalidade do Conselho de Segurança", acrescentou D'Escoto. * Com as agências APF, Efe e Reuters

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